quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A Flor do Caminho


A Flor do Caminho...


«Strong Legs, Good Health»

«Ao entendermos “religião” na sua acepção etimológica de ligação (do latim religāre: ligar a, unir a, atar) o que nos ocorre é o acto de andar como actividade privilegiada de (re)ligação à sacralidade da natureza ou à própria divindade. É nessa acepção, aliás, que o caminhar visto como uma espécie de “ioga ambulatório” dá sentido a essa curiosa expressão, tendo em conta também a etimologia da palavra “ioga” (do sânscrito योग: unir ou juntar, entre outros significados).»* Mas uma abordagem profana surge com igual validade como forma de atingir uma (re)ligação simultaneamente ao meio envolvente e ao si, afinal ao (macro e micro) cosmos, se esta constituir uma manifestação plena da «ciência do concreto»** que tão somente exige elevados níveis de atenção e a plena vivência dos sentidos. É neste contexto, sagrado e/ou profano, que a caminhada Chi Kung (Chi Kung Walking) surge como um modo privilegiado de (re)ligação ao todo, com notórios e notáveis benefícios para a saúde e fortalecimento dos praticantes.
«Many people read, talk, or watch TV while exercising to make the time go by faster. However, to get the most healing benefits from walking, Traditional Chinese Medicine teaches us that the mind should be focused, thus walking becomes a Qi Gong exercise known as walking meditation. Walking meditation is a simple yet profound healing experience; no distractions, just awareness. It’s not about talking or socializing or thinking while you’re walking; your mind is peacefully presente and relaxed.»***


*Pedro Cuiça: Passo a Passo – Manual de Caminhada e Trekking; Lisboa: A Esfera dos Livros, 2015, p.31.
**Cf. A feliz expressão utilizada por Mircea Eliade na sua obra La Pensée Sauvage (Paris: Plon, 1962)
*** Lisa B. O’Shea – New Health Digest, June 2004; disponível em:

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