terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

D'Eu/Montanha

PC © Pico (26/02/2017)

«All those moments will be lost in time… Like tears in rain… time to die.»
Rutger Haver no filme Blade Runner

A primeira vez que subi o Pico foi em 1998 e desde então tenho regressado reiteradamente a essa montanha, à Montanha. A primeira subida foi efectuada no âmbito da elaboração do livro Açores – Percursos Naturais/Azores – Nature Walks (Forum Ambiente, 2000) e nos anos seguintes repeti a ascensão, designadamente sozinho desde a Madalena (junto ao mar), tendo publicado artigos sobre a subida à Montanha em diversas revistas (Forum Ambiente, Ozono, etc.). Quis o destino que tivesse o privilégio de ser formador, da unidade curricular de Montanhismo, em duas acções de formação de Guias da Montanha e, nos últimos anos, ter guiado profissionalmente grupos até ao cume do Piquinho. Este ano cumprem-se, portanto, duas décadas de ligação à Montanha e, para celebrar esta data redonda, fui brindado pela primeira vez, no dia 22 de Fevereiro, com uma subida algo nevada (se fosse dois dias depois teria apanhado neve a valer!), tal como com o grato prazer de assistir à criação da Associação de Guias de Montanha dos Açores (AGMA). Se tudo correr de feição espero contar mais 20 anos de ascensões, porque a Montanha continuará aí... Porque o caminhar/caminho pode e deve materializar-se no terreno – na Montanha –, mesmo que no futuro se venha a cingir tão somente a uma metáfora da vida e, portanto, da morte. Será nessa Altura que não haverá distinção entre o Eu e a Montanha?... 


Júlia Custódio © Pico (22/02/2018)
Paula Bernardo © Pico (22/02/2018)

PC © Pico (22/02/2018)




Ver: D'a Sacralidade da Montanha

Sem comentários:

Enviar um comentário